28 de janeiro de 2014

Aliás. (poema)

Iniciando uma nova categoria no blog, que inicialmente era de CONTOS, agora também postarei poesias ou textos. Os contos continuaram lá, com a tag de contos, e poesia ou texto terão as tags específicas, ok?

PS: Poesias não precisam de sinopses. :)




E tudo perde o sentido.
Em um segundo, ou vinte e nove.
Ou uma eternidade, quem sabe?

O tempo que levou pra que chegasse aqui
Pra que eu chegasse aqui e encontrasse
Deve ser levado em conta?

Contei o tempo e perdi a conta
Tentei tentar e não consegui
Consegui tentar mas desisti
E quando desisti, vi;
eu não precisava correr mais.

Já cansado, menosprezado
De dentro pra fora.
Parei.

Continuei por mim e segui
Segui sem direção o meu próprio rumo
E no caminho me surpreendi.

Quem é você?

Quem é você que chega sem dizer nada
que me cativa sem dizer tchau
que usa minhas palavras sem perceber
que toca a superfície por trás da rocha?

Atravessa o escudo de aparências criadas,
de enfeites mal posicionados, empilhados
pra esconder o que há de bom.
Pra proteger o que sobrou.

O que tem você, como consegue
tal artimanha, de modo leve?
Sem perceber, acredito eu.
Tão intensamente, tão de repente.

Para o escurecendo, algo ardente
Em chamas. Em chamas.
Você não é como eu vi os outros
agora vejo que não vale a pena me descartar.

Não deixar minhas qualidades irem simplesmente...
pro lixo.
Meus sorrisos irem...
pro lixo.

Eles podem ir mais além...

Eu não sou obvio pra quem não me entende. Mesmo.

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